segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Novo capitulo...

Escrevemos histórias juntos e tentámos apagar aquelas escritas anteriormente... Fui demasiado inocente em perceber que essas tinham já tinta seca e de que o que escrevia esta chuva esborratou tudo. Parecem ter ficado apenas manchas negras de nada que possa ser lido por quem não soube o que se escreveu e não teve tempo para esperar que esta nova tinta secasse. Nova folha... Ainda não sei que escrever aqui, mas quero-te limpa e branca por algum tempo... A dor do que no meu livro escrevo e não secou, ou teve de ser arrancado, deixa-me com um livro cheio de tempo e vazio de uma história que perdure para contar. Pés no chão, olhos em frente e coração aberto... Tu estás aí... Só preciso de acreditar... Numa nova cara ou antiga, não me vais falhar.

As melhoras da Morte

Já lá vai o tempo em que ouvi a noticia, com uma forte e renovada esperança, de que embora tendo entrado bastante mal para o hospital, parecia estar a recuperar melhor do que esperado daquela infeliz surpresa, que de maneira fulminante me acordou para a fragilidade daqueles que me eram próximos. Aquela visita era para esperar e desejar melhoras mas algo me dizia de que seria a nossa última conversa... "-Queria agradecer-te o que fizeste por mim"... E pareceste reagir... "-Desculpa não ter estado presente todas as vezes que precisámos um do outro"... Tive a certeza... "Nunca te vou esquecer, desde sempre até ao fim, serás parte de mim."... Isto já não to disse, transmiti-te com um último olhar de orgulho por te ter tido na minha vida e poder contar de ti ao meu filho, selei aquele momento com uma lágrima e de mãos dadas perdoámos tudo o que tinhamos de pendente. Ficou bem claro, acabou... Agora, descansa.

Se de um dia para o outro sentimos que nos estamos a perder em algo ou alguém e simplesmente não compreendemos o que se está a passar ou como controlar o tremor de alterações súbitas, eu sugiro que não percam a oportunidade. A oportunidade de acertar as contas, de deixar claro o que sentimos e de nunca deixar por dizer o que um dia será uma corda na nossa garganta. Diz o que tens a dizer, fecha os olhos e segue o teu caminho, nem todos temos os caminhos cruzados e mesmo tendo-o às vezes afastam-se... O que fica no nosso peito de como o fizémos e de como tratámos alguém que esteve lá para nós, é que será um dia o nosso Inferno. O meu Paraiso é saber como te tratei.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Isto não é uma mulher

Dedicação daqui, uns mamilos dali, as mãos desta com o olhar ternurento daquela, o toque de uma brisa na ponta dos dedos e uma violenta tempestade entre as pernas... Uma fidelidade infinita selada a beijos de uma boca doce e uma confiança inabalável... Aqueles dois semi-círculos firmes brilhando com o acetinado da pele... Aquele sabor viciante, aquele cheiro inebriante que inflama de desejo ardente na bonança da entrega... A cegueira na loucura da procura com aquele jovem espírito aventureiro entrelaçado na segurança e determinação madura da mulher feita.

Sou Frankenstein e o meu projecto está desenhado, mas sei que quando curto-circuitar o seu coração com o meu para a acordar, tudo o que sempre quis ter de perfeito, como no conto original, vai terminar-me como a um insecto frágil nas mãos de um elefante. Serei erguido pelo monstro cicatrizado das experiências que vivi e estraçalhado pela ignorância do que jamais poderá ser criado. De um peito de homem apenas lágrimas irão verter pela desgraça de ter criado algo que se resumiu à solidão de uma procura vazia... Um Graal... Uma possibilidade de perder-me, mas sempre de pelo menos ganhar-te imperfeita, mas aqui... Real! Onde desligo a caixa dos sonhos?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Orgulhosamente... (red)


-->Num comboio em hora de ponta não cabe mais ninguém, mas ele vai só... Cada um no seu bocado de transporte com vontade de partilhar, falar ou rir com uma cara nova... Sorriu de dentro do seu livro, daquele bocado de África que lhe chegou no aniversário e onde as colónias ainda são Portuguesas. Ao lado, alguém ouve música fechado num armário de lentes escuras que não deixa transparecer os problemas do dia a dia mas que precisavam de confidentes ou ideias. De pé a moça está incerta daquele namoro que parece uma troca de sentimentos por sexo rápido e pensa que poderia estar pior se estivesse sozinha à noite e não recebesse aquele SMS mecânico a reconfortá-la por saber que alguém se lembra dela.

Tanta gente para tão pouco espaço e tanto espaço tão mal preenchido! Preciso de alguém mas não quero falar ou dar confiança a ninguém ou por outro lado se alguém se aproxima terá obviamente recônditas intenções...
Dependendo da janela por onde se olha o paradigma é diferente, mas sempre restritivo ao contacto de emoções e relações. E depois à noite, ela vai para a TV julgar quem mostra o que nela não tem coragem de assumir... Os outros são maus, mesquinhos, reles, perversos... Mas aquele teu segredo nunca ninguém há-de saber porque as tuas paredes são surdas. Quando o armário se abrir um novo Mundo te irá enfrentar, o opaco dos vidros já não te protege da realidade e aproxima-se a hora de escrever.

A tecnologia aproxima-te de quem não tens coragem de confrontar com a tua solidão...
Ciber-amizades... Tudo tão interessante... Mesmo quem não é o que julgas ser… Subitamente tornas-te interessante e interessa-te saber sobre os outros. Ela procura-o e ele a ela mas não se encontram, não sabem, mas o que precisam estava na mesma carruagem, embora que a milhas de distância protegido pelos muros que levantaram ao sair dos seus cubos. Aqui ninguém me fere, ninguém me atinge. A muralha do meu orgulho é também o buraco negro da tua… Da nossa solidão.

Dlim... Dlim... Dlim... Dlim...
Chegou, ele chegou pela rede... Ainda existo porque não me esqueceram...
Ainda existo porque me amam...

Escorre o sal a tocar no lábio por me ter enganado mais um dia...

Saudade (red)

Cada vez que reencontro as minhas músicas de António Variações descubro um pouco mais do que é ser um humano, identifico-me e revejo-me nas letras que parecem cada vez mais recentes... Daí que se diga que ele estava demasiado avançado para o seu tempo... Ainda hoje estará. Num tempo em que tentam fazer-nos acreditar que xutos, tonys, filhos e primos, tristes floribelas, 4tastes e afins são a música contemporânea e para as massas, gosto de me refugiar nos clássicos que tinham algo de... Como posso eu explicar se não estiveram agora a ouvir como eu... Procurem... Oiçam... Sintam... A nostalgia Alfacinha ao contemplar a cidade e a idade dos Verdes Anos de Carlos Paredes, a descoberta de um primeiro e inocente amor com a Cinderela de Carlos Paião, o estoicismo dos Vampiros de Zeca Afonso, a distância na Saudade dos Heróis do Mar, a intervenção na Tourada de Ary cantada por Fernando Tordo, o prazer pela vida em Quero é viver de António Variações, o Depois do adeus de Paulo de Carvalho, O pastor dos Madredeus, etc...

A Música é o sentimento que envolve, transporta, navega por entre os pensamentos e te devolve diferente, melhor.

"Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar"

Penso que estava na hora das editoras se começarem a preocupar em encontrar os novos e verdadeiros representantes da língua Portuguesa, os novos Variações. Compositores e intérpretes que realmente acrescentem algum valor à Música Portuguesa. Infelizmente parece que o pensamento é mais: "É p’ra manhã... Deixa lá não faças hoje".

As fórmulas funcionam e cada vez mais a massificação tende a vazar as pessoas em vez de as preencher. A rádio, televisão, publicidade servem de palas para quem aceita ser incompleto e cumprem o objectivo de quem de fato decide o que devemos ouvir. Melhor que a censura é encherem-nos com tudo o que pensamos necessitar sem tempo de olharmos em procura do que precisamos.

Saudade... Uma palavra sem tradução.

Tatuado (red)

Acorrentado nos confins do oceano onde um pouco de luz parece iluminar um ténue limbo esmeralda verde à minha volta, aceito o peso das correntes que sobre a pele descansam e me seguram neste lugar insondável de onde parece ser impossivel libertar-me... Um cemitério para almas penadas, ainda não mortas... Mas perdidas e abandonadas.

A única coisa que flui livremente é o meu espirito... O meu pensamento... Que ainda fervilha com a tarde de calor desértico em que vi o feitiço escrito no teu corpo ondular em minha direcção... Como uma serpente, as flores que te marcavam a pele pareciam hipnotizar-me chamando-me para fora da minha realidade, para um Universo onde o desejo e paixão eram possiveis pelo simples querer... Onde o magma atingia uma intensidade que derretia o planeta à nossa volta e perdidos, soltos no espaço entregávamos a carne um ao outro para se fundir numa nova estrela.

Esse é o fogo que guardo... Que acendeste... Aqui no meu gélido e solitário canto do oceano...

Perdido... Mas não morto...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não confio em sereias

Por cada questão que parece esclarecida pelo teu sorriso ou olhar, as tuas atitudes fazem erguer novas e mais fortes vagas de dúvidas e por cada uma dessas que tentei ultrapassar, dei por mim entregue a mais ninguém que eu mesmo! Fustigado por recorrentes e desgastantes trombas de água que me cegam de que caminho tomar... Não sei, não sei, como várias vezes te repeti, que caminho seguir... A densidade desse teu mar obriga os remos a ceder, estes braços foram consumidos pela força empregue em enfrentar todas as novas ondas que se escondem por detrás de cada pequena vitória que o teu calor me dá. Se há algo que sinto é que viraste-me na altura errada, sozinho na tempestade preocupado em endireitar o meu bote para não me afogar, tu não paraste de me carregar com cada vez mais força e agora direito, confiança é algo que não acredito voltar a sentir... Ergueste um mar no qual tu própria não sabes navegar e quando percebeste a desgraça a que te tinhas condenado tentaste arrastar-me também... Não posso dar um passo sem confiança, nem posso confiar em quem não me viu estar a afogar!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Várias boas razões para esquecer

-se é para te esquecer que seja, adeus, vai po caralho e espero que sejas muito infeliz

-esfomeado

-não vou perder mais o meu tempo contigo

-nem vale a pena

-se te sentes em paz então continua e deixa-me em paz tb a mim, só trouxeste mais problemas para a minha vida

-ESPERO BEM QUE MORRAS

-E QUE DESAPAREÇAS PARA SEMPRE DA MINHA VIDA, ÉS UM MERDAS QUE NÃO SERVE PARA NADA

-SÓ TENHO RAIVA DE MIM MESMA TER-ME ENVOLVIDO CONTIGO, ESPERO BEM QUE NÃO ME APAREÇAS À FRENTE NUNCA MAIS, BESTA QUADRADA....

-eu viro o cu para quem eu quiser

-não preciso dos teus conselhos para nada, se fossem bons... estavas melhor do que estás...
-eu recebo moral de quem tem moral e tu claramente não tens moral

-tu metes-me raiva

-metes-me nojo

-eu não me envolvo com qualquer pessoa
-não tens vergonha na cara
-só de pensar que o meu corpo já foi tocado pelas tuas mãos nojentas da-me vomitos
-só de pensar que dormi na mesma cama que tu dá-me arrepias
-e só de imaginar que já me envolvi contigo fisicamente deixa-me sem vontade de olhar para o meu corpo
-estupido de merda
-só te digo mais uma coisa pra terminar
-sou muito boa como amiga, como inimiga sou melhor ainda
-não te esqueças que sei onde moras....
-não te esqueças igualmente que posso dizer que te atiras-te para cima de mim e que te quiseste abusar de mim....
-vai começar o teu filme de terror
-o teu tempo de brincadeira está a começar a diminuir

-e não penses que é dito da boca da fora, acredita que o teu filme de terror vai mesmo começar
-até breve

domingo, 8 de agosto de 2010

Cumplicidade

Ouvi falar em cumplicidade... Fiquei baralhado e hoje compreendo-o como sendo todos os segredos que alguém pode esconder de outrem. Tropecei nesta imagem e achei piada por me transmitir o conceito que tinha desta mesma cumplicidade, mas, dei por mim a imaginar depois se não seria demasiado simples esta foto para exemplificar algo tão completo como esta "cumplicidade"! Então e onde estão as outras mãos? Entrelaçadas noutros dedos? E os pés? Enrolados noutros que não o objecto destes dois últimos? A boca? Aaaaahhh... Essa boca... Enrolada em mentiras que fazem por manter a mão direita escondida da esquerda e o pé esquerdo do direito. O sexo esse nem quero imaginar, porque esse é o desenvergonhado que se envolve depois de todas essas "cumplicidades". Essas mentiras que de maneira meiga se atropelam umas às outras para tentar explicar o que vai na cabeça de uma aranha, que com todas as suas patas tenta segurar os vários fios que a sustentam no dia a dia da sua triste existência. Um dia, daquela presa que ao longe é apenas um ponto que os seus oito olhos não distinguem, virá algo mais que não saberá suster no seu falso novelo de seda e um comboio atravessará os seus arames farpados para a deixar-se perceber da vergonha do seu sentido de viver... Aranha, tu és a marioneta! A tua mentira é a tua teia e essa tua teia fede de carcaças de mosquitos, melgas, moscas e outras que tais fragilidades que não te viram de frente. Essa cumplicidade será a tua própria armadilha onde solitáriamente definharás.

sábado, 3 de julho de 2010

SOL

Não posso acreditar que apagaste ou teimas em querer ignorar o que nos foi posto à frente... Uma oportunidade de nos curarmos através da saliva um do outro, uma luz que apenas brilha com esta intensidade noutros sistemas solares. Nem me preciso forçar... Basta deixar-me levar pela lembrança da nossa força juntos para recordar todos os teus toques no meu corpo, o cheiro fundido das nossas peles, os sonhos em que dizes já não acreditar por desistires fazer frente à tristeza de acordarmos sozinhos e tão afastados um do outro. Sim, sei que falo no que dizes já não querer ouvir, mas o tom da tua voz na última chamada em que te ouvi desvanecer apenas me dá mais força para querer vencer essa tua inércia em acreditar que o teu destino está traçado e que eu em ti não o posso escrever no que sei ser o jeito certo... No que sei ser a certa e feliz maneira de nos elevar a patamares maiores, diferentes e únicos.

O que sei de ti? Que podia fazer mais... O que não sabes de mim? Que se deixares vou fazer o suficiente para seres mais do que esse ser que nas últimas horas, dormente, não acredita que a vida não é mais que um raio de calor perdido...

A vida é uma estrela incandescente que no dia em que se apaga deve ter queimado o suficiente para aquecer a quem de nós se aproximou. Tu és o Sol... Não esperes vislumbres frios de quem não brilha em ti e para ti.

Adoro-te!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Magia... (red)

Sinto uma ténue onda de calor na pele, como no final de um dia de Verão, quente, o Sol foi descansar e fica uma aura laranja escura no céu, esta ainda transporta a alegria do dia que terminou. O corpo recupera do esforço de manter a sua temperatura estável e o meu tacto agradece o descanso que recebe. Se aprendi que a magia era possível agora custa-me a procurar viver sem ela. Os meus sentidos estão embriagados com o perfume que o feitiço de ter acordado para a vida, novamente, contigo, deixou na minha pele entranhado. No final deste ciclo em que a loucura das emoções, sensações e entrega chega ao fim, a lava da paixão arrefece-me no coração e lentamente transforma-o numa rocha que quase sem vida apenas mantém um pequeno pulsar no seu mais recôndito núcleo. Pum... Suave... Pum... Lento... Pum... Fraco... Pum... Espaçado... Pum... Desmotivado... Pum... Incrédulo... Ninguém poderá imaginar o que neste ser complexo que montaram para mim o impacto dessa magia... Conforme arrefeço vejo as marcas que a tua magia deixou... Eternas... Quando como de um vulcão novamente este coração borbulhar novo magma, este caminhará por estas marcas, estas fendas que marcaram o caminho que o novo sentimento deverá levar... Aquele sentido... Aquela direcção... O limite está estabelecido.
O inferno até novamente encontrar o céu.

Fantasias

Existe alguma coisa na maneira como olhas para mim. Curiosidade? Sinto-me desconfortável, invadido, violado. Submisso a algo que não compreendo por mais que tenha gasto bastante tempo a tentar dar-lhe algum significado. Fantasias, sonhos... Cada um vê o que quer através dos seus próprios olhos... Nunca o azul do céu foi igual para duas pessoas! O recorte preciso daqueles lábios porcelana com o salpico de uma assinatura perdida por um artista sem nome. O projecto que de argila se transformou em ouro, pérolas negras e silhueta esculpida pelo sombrio poder do desejo, ganha corpo na minha mente.   Desejo cru...    Ideia baça...    Imagem clara...    Terreno instável!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Objectivo?

É tão difícil vencer o silêncio que criamos com o afastamento... Um dia temos um mundo, no outro temos um buraco. Calamo-nos e voltamos a erguer barreiras para nos proteger e quando olhamos em redor tudo o que fizemos foi alimentar uma caverna. Cada dia  mais um pouco, cada dia menos acessíveis... Cada vez mais perto de um final desenhado a lápis de carvão... Esborratado, negro e triste.

Grita!!!

Em paz

O toque devia demonstrar mais que as palavras, se assim é, estou apresentado. Voei, toquei e mostrei qual a essência dos sonhos, como se chega a planetas e galáxias perdidas para almas mortais. Quando necessário, forte, quando perdida, compreensivo, quando frágil... Tomei-te debaixo das minhas asas e fechei esse corpo abandonado numa armadura intransponível para que pudesses descansar de todos os fantasmas que te perseguiam, aqui ninguém chega. Aqui, a fortaleza... Azul, escura, metalizada, indestrutível... Tu sabes... Somos nós.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O punho esquecido

Dei-te algo que não te pertencia. Um bocado de mim que não quiseste. Se o renunciaste, tomo-o como meu novamente e de mim apenas fica a maneira como sei que sou capaz de sonhar uma vida...



Sinto vontade de fugir mas sinto que sempre que começo a correr para onde quer que vá nunca chego ao destino certo. Tu és quem procuro encontrar para onde quer que vá é de ti que  fujo de onde quer que parta. Não sei para onde fugir. Tu chegas lá sempre primeiro. Não consigo sentir-me satisfeito independentemente de  onde me encontre, sinto-me sempre deslocado de onde realmente quero estar. Quero-te dentro de mim, quero estar dentro de ti.

Perdido

Acordei... E estava no sonho de quem é desejado... Entrava no carro e guiava a noite toda para chegar até ti. Quando o desejo fazia de tão breve voo algo de infinito o meu pé carregava por resolver a febre da tua ausência.

Acordei... E sorria dias infindáveis por saber que alguém poderia ter sangue bombeado nas suas veias pelo meu coração. Sorrisos de algo infinitamente inexplicável e que alimentámos com o suor dos nossos corpos, lavados em lava durante noites e noites que me fizeram perceber a falta de uma força na minha vida. Esse olhar verde mostrou-me que a vida não tinha acabado e que quando alguém como nós se conhece da maneira como nos conhecemos e entregamos as chaves do nosso destino nas mãos um do outro, perdidos, ansiosos por encontrar um caminho a dois as possibilidades são infinitas...

Tu e eu...

Como acabou?
Como deixei eu escapar o que tu afirmas e eu compreendo como algo único?
Não consigo rasgar a carne fora, mas por ti faria-o para voltarmos a ser aquele que fomos.

Guiar a noite toda para sentir o teu abraço, despido desta minha pele de animal para descansar na ponta desses dedos compreensivos e apaixonantes.

Perdi por opção.

Perdido...

Perdi.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quero apenas levar o que fizer

Quantas vezes penso no que estou a fazer de errado e sinto-me perdido por não saber que mesmo estando a agir de uma forma certa podia fazê-lo de muitas outras maneiras. Baralho-me e perco-me procurando a que estaria mais correcta e acabo por não ter forças para realizar nenhuma ou um pouco de todas incompletas... Ou mesmo erradas! Quando tenho tudo para o fazer como deve de ser... Falho em todas as saídas possíveis por querer fazer tudo... E fico sem nada.
Hoje algo me chamou a atenção e fez-me perceber que mesmo quando penso agir bem, estou errado. Quando não quero errar em lado nenhum estrago todos! Precisava de me restringir a um caminho... Um trilho que possa talhar sozinho mas olhando para todos à volta sinto a obrigação de tentar resolvê-los a todos e o meu ainda está por desbravar.
Quem me pode ajudar?
Para onde devo seguir?
Qual o fogo que ilumina a minha vida?
Sinto-me hoje derrotado pelo novelo que criei tentando pegar em todas as pontas que encontrei, mas acabei enrolado. Estou atado e de cara no chão sinto a poeira a secar-me os pulmões, o ar que respiro e pensava ser fresco do espaço que arranjei para a minha felicidade não é mais que isto... Um texto solto e abandonado numa imensidão de vazio.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma única palavra

Uma palavra...

Sabes como respiro a tua atenção e como te quero tocar mas mesmo assim...
Nem uma palavra...

Um sms, mail, toque ou comentário para saber onde andas ou se ainda te preocupas...
Mas nem uma única palavra...

Sabes que espero e desespero pelo teu sinal, aquele que não posso buscar senão em mim...
E nem assim surge essa palavra...

Sento-me no escuro da ignorância tentando imaginar o que te possa estar a manter a esta distância...
E tu comes a tua palavra...

Vomita-a, seja ela qual for... Adeus... Saudade... Desejo... Obrigação... Responsabilidade... Tristeza... Solidão... Buraco... Tempestade... Oportunismo... Indecisão... Merda... Foda-se...

Quanto custa para ti uma palavra?
Mais que a escuridão a que me entregaste na tempestade de desejo que criaste?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Primeiro impacto

O primeiro catéter...
As primeiras análises...
O primeiro soro...
O primeiro oxigénio forçado...
A primeira radiografia...
Os primeiros aerossóis...
A primeira ambulância...
O primeiro internamento...
A primeira veia falhada...
A primeira transferência...
A primeira desilusão...
A primeira batalha perdida...
O primeiro pior fim de semana da Vida...

A primeira grande prova de confiança incondicional que abalou todos os alicerces sobre os quais pensava a auto preservação assentar.

Atónito... Desarmado!

domingo, 25 de abril de 2010

Meu anjo

Deste-me uma lição de confiança, sensibilidade, simplicidade, coragem, paciência, inocência e Amor como nunca pensei ser possível com um simples olhar e aquele sorriso de que todos os adultos deviam de ter vergonha de não transportarem. Foste mais forte que eu até na voz, e no toque mais carinhoso derrotaste a minha imponência. Quero que saibas que a vida tem as suas maneiras de usar essas tuas qualidades até ao teu cansaço mas que faço intenção de te ajudar a manter o equilíbrio até à minha morte para que possas sempre, um dia mais, acreditar que existe quem mereça alguém como tu. Não deixes que invernos te digam que sonhos não existem e mantém o teu fogo sempre aceso, pois no inverno não brilha o Sol. Tu não tens de brilhar para derrotas. Cambaleaste hoje e eu percebi, mesmo os anjos caem... Mas não tu... Não comigo por perto... Prefiro vergar-me para servir-te de solo que deixar-te sem sítio onde pousares e descansares. Amanhã o meu colo será o teu ninho... Hoje descansa. Amo-te meu anjo.

sábado, 24 de abril de 2010

Entrada improvável

Encosta o indicador na testa com os olhos cerrados e sente a delicadeza do toque...
Empurra-o um pouco e sentes essa presença mais firme como fazendo-te perceber que existe e não é apenas algo subtil de passagem...
Pressiona, já começa a fazer doer a pele como de uma presença que inexplicavelmente não deveria de tentar entrar por ali...
E de um momento para o outro... Com um último empurrão forçado... Um bala atravessa a barragem.
Um impacto aligeira as rugas de expressão provocadas pelo sofrimento de sentir um dedo a ser empurrado no sentido errado. Entrou...
Navega e envolvido por líquidos e cérebro começa a tocar num novo mundo... Tem ligações às recordações... Ah aquele dia na praia... O aniversário à chuva... A adrenalina da descida... O frio daquela ponte... A mão entra pelo occipital e começa a ensopar-se nas cores da vida que foi, e sente visões tremidas como que mal focadas do que tem planeado fazer... O carro... As férias... A mulher... A casa... Palavras demasiado simples para situações que se vêem a desenrolar demasiado completas e sem caras, nomes ou marcas... Preto e branco é o futuro como um livro de colorir para crianças, parece que apenas existem linhas delimitadoras dos personagens, objectos e locais... Rodo o indicador para a direita e vejo uma montanha que não conheço mas que parece ter sido impresso deste lado das vontades por algum postal perdido num expositor de rua... Já do outro lado o polegar deixa envolver-se pelo frio de um 5 de Novembro por entre cabelos molhados e que foi o apogeu de uma idade volvida com um verdadeiro marcador de página para sempre recordar... Eu sou quem gosta de mim... Tu és quem gostarias de assim ser... Ela por entre assobios mete a mão num pão de ló envolvido em chantilly barato e creme de ovos vencido.

Engraçado

O ponto final foi colocado há algum tempo em algo que não tem lógica de existir e que se tornou demasiadas vezes incompreensivel e descontrolado, é lógico que isso terminou. O facto de sentir falta pode fazer-nos voltar a querer criar algo de novo... Diferente... Alguém compreende a amizade? De repente num acesso de orgulho alguém quer finalizar um livro já acabado e ficar com o brilho de ser quem se impôs... LOL, agora? Quando quem vergava as regras as impunha? Cómico... Mais... Hilariante... Mas fará de si alguém muito mais realizado sentir que serviu um prato que já se encontrava na mesa? Claro, o orgulho e irreverência, inocência e oportunismo existem em doses iguais.

Eh pah... Chiça, deixei-me antecipar... LOL, ok.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pontes

Amanhã à noite fui visitar aquela janela, acalmar os espasmos... Castigos a que este corpo se entrega por a minha mente o negar. Queria chegar-lhe através do vidro e mostrar-lhe o poder do que carrego desde que a vi aquela primeira vez. Como feitiço desceu do pedestal e subiu para este colo um vulto do que eu aspirava a ter, pedaços rasgados sem nome do que pintámos nas mãos um do outro... Pairou como que por dias em frente a meus olhos para poder ser adorada, enquanto largava as horas de sono para atravessar um mar interminável de tempo e sentir a perfeição do que não consigo atingir... Minuto a minuto menor era a vontade de partir de volta à terra e maior a de pegar naquela nuvem de presença e fugir para trás de um planeta longínquo para não mais ser encontrado e viver de vapores de existência.

Nessa noite fugiste... Um fantasma de volta à carne, ossos, sangue, querer e crer... Usaste os ténis para que não nos apanhassem e pela mão levaste-me a correr através de uma ria que alimentava a humanidade por uma estrada de betão e nos entregava a uma praia infinita onde a forte ondulação não abafava a correria do meu peito pela coragem do que esqueceste para nos teres. Aqueles barcos que nos vêem conhecem-te e aguardam o teu acenar para pousarem e levarem-te para um mar desconhecido onde apenas tu possas ser vista, alimentada, venerada...

Olhar

O banco de carro...
O chão de sala...
O balcão de cozinha...
A cama...
A outra cama...
A mesa...
O sofá...
A parede...
O móvel...
A janela...
O chuveiro...
O lavatório...
A porta...

Estas mãos ainda tremem pela recordação... A ponta dos dedos corre pelos locais por onde te rebolaste e de olhos selados ainda sinto o teu calor no meu peito... Vagueio pelos cantos em que buscámos o nosso prazer... A memória da química... A minha vida tocada por um anjo caído.

Esses lábios...
Essa língua...
Essa respiração...
Essa saliva...
Esse pescoço...
Essas orelhas...
Esse nariz...
Esse cabelo...

Como galopavas em cima da minha vontade de te possuir... Essas mãos ainda atravessam os pêlos do meu peito na escuridão de onde esteja... A coreografia dos corpos nos nossos sonhos reais... Como reagíamos... Os teus seios tomados pelos meus dedos de onde espreitavam arrebitados os teus mamilos para me observar...

Aquele cheiro...
Aquele toque...
Aquele sossego...
Aquela entrega...
Aquela dedicação...
Aquela vontade...
Aquela paz...
Aquela ânsia...

Estou aqui, tu comigo e a esta distância vamos tocando-nos. Não o quero mais, mas deixo ainda que a minha mão te ampare a cabeça no meio de beijos esganados por te encontrar. Amor feito a cada movimento partilhado do mesmo espaço.

O teu olhar perdido...

domingo, 11 de abril de 2010

Toca-me

O Mundo não é direito como se pensou durante muitos anos...

Nem gira o Universo em torno de nós...

O nosso planeta, dizem quem o viu de fora já depois de cálculos feitos e provadas teorias desde os tempos de Cristóvão Colombo, é algo como uma esfera. Infelizmente quem a caminha dá-lhe voltas e de vez em vez inclina-o para onde quer ou vê-se inclinado para onde não deve. Devemos tender para o futuro, para o ponto de luz e não virar o plano de quem pousa os pés junto dos nossos... Preparados, só nós não caímos, levamos tudo de arrasto com caprichos inocentes ou não, mas desequilibramos as vidas de quem nos acompanha.
Como um buraco negro que apenas se conhece pelo que absorve e não devolve, até a luz dele tenta fugir e mesmo assim não gira tudo em torno de si, é a ganância pela importância quando a ambição pela mesma daria melhor resultado.

Fui ver o final de um dia que queria fazer tender para mim e acabei com o chão a fugir-me debaixo dos pés... Nesse dia o Sol falou-me e explicou-me como os seus raios são apenas para quem os quer, "Como tal guarda os teus para quem os deseja" e antes de se despedir passou como que uma mão na minha face, um leque de feixes varreram a minha pele... Abraçou-me e desejou-me uma boa noite... "Não te esqueças... Amanhã estarei cá novamente para te tocar. Não me esqueças."

Obrigado

terça-feira, 6 de abril de 2010

War games

What brought us here? That raw desire that torments whenever we try to understand ourselves and we throw our bodies against each other?

A piece of paper floats at the whims of wind observing how the moon reflects the silver that lights that white painted face and not even the water lets herself be heard embarrassed by the greatness that took over this sand and gently lets itself be conquered, two fires lay there thirsty to consume themselves in secret on an abandoned beach illuminated by our eyes.

I want to feel the odor of your sex in mine... Your lubrication allowing me to show you what Love is... What flesh gropes the eyes show, lips relish and skin merges.

That body of desire on top of mine dominating it's prey, your hip ably dancing on me... That warm saliva running from your tongue a drying out my calm and judgment... The will to stay in control within your games of power. Your breasts were designed by the shape of my hands and fed by the hunger of my lips.

Fingertips commune freeing sparkles of what we telepathically communicate... That bust throws itself against mine on a madness frenzy, on an insanity soften by will... I feel your hardened nipples in my body and your wet pants no longer contain something as uncontrolled as your cunt... I wanna drink you... I want that juice in me.

What name shall we give this? You don't know? I do... This is all every mortal wants but it's only intended for Gods. Tonight only the both of us can drink from the cup of reverie stored in a special location you can't understand. That you won't understand.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Any lost fragment

Trying to forget the touch of your silk skin confuses my brain... Why should i try to get rid of something that makes me feel so complete and alive? Just like you say why can't this be easier, it should be solved with the flick of a switch... Now you're in front of my eyes, the next moment i don't even know you... But even then, the risk of occurring again would be tremendous... For my being to be lost within you, just the simple glimpse of your look would make me crash back down on your lap. A lost fragment of memory would reignite the lava running in my veins for your fingertips...

To free myself completely from your existence i would even need to forget my name.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Qual a quantidade certa?

Quando deveríamos de perceber que fizemos o suposto e que o próximo passo é mesmo isso, mais um?

Ainda me sinto naquela península com 12, 13 anos... Sinto aquele frio marítimo tocar-me... O cheiro a mar aqui parece tão típico e mais forte que em qualquer outro lugar que conheça... Sempre que volto sinto-me em casa, este local para o corpo e visto superficialmente é tudo menos isso de tão inóspito que é, mas para a alma, este é o local onde repousa. Onde sem idade para tal, ela se sarou e procurou respostas dignas de maior idade, o sitio mágico que regenera, amadurece e alimenta com rocha e oceano.

Parece construído para mim... Elevou-se de uma brecha vulcânica cuspindo bombas de magma para se selar e aguardar por aquele dia. Um santuário para me abstrair da realidade que me chicoteia, um altar erguido das entranhas da crosta para uma alma penada no vazio encontrar algo... Calma... Paciência... Vontade. Tudo o que me rodeia tem um sentido e cada pedra conhece o seu caminhante. Aqui como ser, sinto-me uno com os milhões de anos que moldaram cada pedaço deste céu para mim. O meu jardim, o meu canto, o meu espaço, a minha casa.O meu coração na natureza.

terça-feira, 30 de março de 2010

Estás onde?

Estavas aqui!
Tenho a certeza de que quando abri os olhos... Tu estavas aqui! Mas estiquei o braço e não te toquei!!! Parece que por cada centímetro percorrido na tentativa de te chegar, o teu corpo fugia um metro.

Enfio a cabeça na almofada e tento despertar como com um novo acordar... Levanto um peso provocado pela ausência a que o toque me obrigou e esfrego os olhos...

Como? A tua almofada está vazia... Como está ela vazia?

Ergo-a para a explorar com o meu olfacto e tu estás aqui, como não te vejo??? Estão cabelos perdidos na textura dos tecidos que compõem a minha cama e estes dizem-me que poderás simplesmente estar noutra divisória... Sim... Claro... É isso, foste lá dentro enquanto eu dormitava...

Corro e com esta vontade de quem num terminal de autocarros procura alguém que não vê desde à muito embato com um ombro na moldura da porta que quase me derrota pela inércia... O tronco deixa-se vencer por essa resistência porque as pernas, essas, não foram impedidas de progredirem na direcção em que estás... Aqui não... Aqui também não... Aqui também não... Raios tinhas de estar aqui, se já corri todas as divisões e não te encontrei... Porquê? Não tem lógica. Será que vi mal??? Não, vi todos os cantos de todos os quartos, até dentro do guarda-fatos...

Este cheiro que aspiro do ar, eu sei o que é... Aquele teu perfume... Claro que cá estás!

-"Amor???"

És tu! Ouvi-te!... Mas de onde veio a voz?

Parece que ecoou de todo o lado, por todas as paredes, mas não vem de lado nenhum... Será possível?

"GATA ONDE ESTÁS??? DIZ-ME... NÃO TE ESCONDAS..." Gritam os pulmões em desespero por uma pista para te encontrar...

Silêncio.........................................................

Um silêncio infinito responde onde o foco dos sentidos eliminam tudo excepto a frequência da tua voz... Um avião caído aqui ao lado deste corpo, não provocaria o mínimo tremor pois não seria processado.

Ingénuo... Brincalhão... Os meandros labirinticos dos sentimentos e a incapacidade de lidar com a desilusão deixaram-te cego... Surdo... Mudo...

Olha o espelho... Esse sim, és tu...

És apenas um vegetal... Vives num coma...

Um coma induzido pela distância e ausência... Um resto cuspido frente a si próprio, enfrentando e derrotando-se pelo medo ao Amor.

Um vidente sem sina... Uma sina sem destino.

Hoje, era suposto estares comigo e não em mim.

Falsa flor

Por entre fios dorme uma falsa flor que ilumina os traços de um Éden... Uma vontade por concretizar e um suplicio de alimentar os devaneios de quem a contempla. O exotismo desse pousar, desse olhar, desse poder, rasga qualquer amarra a que te impões, mas o plástico falsifica essa imagem idílica.


Sei o que falta para a realidade se transfigurar nesse rosto... Um lírio rosa... Entrelaçado pelas mãos do Amor ao nascer do sol de um trópico distante e disponível para apenas quem toca assim... Para quem sente e utopicamente viaja de tal maneira.

Queres?

Afoga o teu desejo nos meus lábios e berra a tua vontade para dentro do meu corpo, mostra-me como me desejas, faz-me sentir tão importante como tu o és para mim... Os teus dedos na minha pele e os olhos no infinito dos meus. Faz-me sentir e dou-te o que queres, o mergulho num wormhole que te leve para lá desta dimensão de sensações. Um mergulho num sonho de criança interminável... O evaporar do teu perfume na minha pele, o meu suor escorrido nos teus dedos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Nekonecné

Um principio a meio caminho, com tendência para o infinito.

De enrolado, o corpo castigado pela realidade liberta o que escondeu nas entranhas. A incandescência da vida começa gradualmente a fazer-se ver através da posição fetal em que se protege e algo de quente que foi escondido para não se apagar, brota da caixinha triste. Um novo horizonte é o destino... E o corpo... Agora celeste, ofusca a maldade, e a escuridão em que se perde na procura de descobrir o brilho que às vezes não existe em espelhos partidos.

Nekonecné osud...

Nekonecné zivot...