quarta-feira, 31 de março de 2010

Qual a quantidade certa?

Quando deveríamos de perceber que fizemos o suposto e que o próximo passo é mesmo isso, mais um?

Ainda me sinto naquela península com 12, 13 anos... Sinto aquele frio marítimo tocar-me... O cheiro a mar aqui parece tão típico e mais forte que em qualquer outro lugar que conheça... Sempre que volto sinto-me em casa, este local para o corpo e visto superficialmente é tudo menos isso de tão inóspito que é, mas para a alma, este é o local onde repousa. Onde sem idade para tal, ela se sarou e procurou respostas dignas de maior idade, o sitio mágico que regenera, amadurece e alimenta com rocha e oceano.

Parece construído para mim... Elevou-se de uma brecha vulcânica cuspindo bombas de magma para se selar e aguardar por aquele dia. Um santuário para me abstrair da realidade que me chicoteia, um altar erguido das entranhas da crosta para uma alma penada no vazio encontrar algo... Calma... Paciência... Vontade. Tudo o que me rodeia tem um sentido e cada pedra conhece o seu caminhante. Aqui como ser, sinto-me uno com os milhões de anos que moldaram cada pedaço deste céu para mim. O meu jardim, o meu canto, o meu espaço, a minha casa.O meu coração na natureza.

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