quarta-feira, 26 de maio de 2010

Perdido

Acordei... E estava no sonho de quem é desejado... Entrava no carro e guiava a noite toda para chegar até ti. Quando o desejo fazia de tão breve voo algo de infinito o meu pé carregava por resolver a febre da tua ausência.

Acordei... E sorria dias infindáveis por saber que alguém poderia ter sangue bombeado nas suas veias pelo meu coração. Sorrisos de algo infinitamente inexplicável e que alimentámos com o suor dos nossos corpos, lavados em lava durante noites e noites que me fizeram perceber a falta de uma força na minha vida. Esse olhar verde mostrou-me que a vida não tinha acabado e que quando alguém como nós se conhece da maneira como nos conhecemos e entregamos as chaves do nosso destino nas mãos um do outro, perdidos, ansiosos por encontrar um caminho a dois as possibilidades são infinitas...

Tu e eu...

Como acabou?
Como deixei eu escapar o que tu afirmas e eu compreendo como algo único?
Não consigo rasgar a carne fora, mas por ti faria-o para voltarmos a ser aquele que fomos.

Guiar a noite toda para sentir o teu abraço, despido desta minha pele de animal para descansar na ponta desses dedos compreensivos e apaixonantes.

Perdi por opção.

Perdido...

Perdi.