quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não confio em sereias

Por cada questão que parece esclarecida pelo teu sorriso ou olhar, as tuas atitudes fazem erguer novas e mais fortes vagas de dúvidas e por cada uma dessas que tentei ultrapassar, dei por mim entregue a mais ninguém que eu mesmo! Fustigado por recorrentes e desgastantes trombas de água que me cegam de que caminho tomar... Não sei, não sei, como várias vezes te repeti, que caminho seguir... A densidade desse teu mar obriga os remos a ceder, estes braços foram consumidos pela força empregue em enfrentar todas as novas ondas que se escondem por detrás de cada pequena vitória que o teu calor me dá. Se há algo que sinto é que viraste-me na altura errada, sozinho na tempestade preocupado em endireitar o meu bote para não me afogar, tu não paraste de me carregar com cada vez mais força e agora direito, confiança é algo que não acredito voltar a sentir... Ergueste um mar no qual tu própria não sabes navegar e quando percebeste a desgraça a que te tinhas condenado tentaste arrastar-me também... Não posso dar um passo sem confiança, nem posso confiar em quem não me viu estar a afogar!

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