domingo, 8 de agosto de 2010

Cumplicidade

Ouvi falar em cumplicidade... Fiquei baralhado e hoje compreendo-o como sendo todos os segredos que alguém pode esconder de outrem. Tropecei nesta imagem e achei piada por me transmitir o conceito que tinha desta mesma cumplicidade, mas, dei por mim a imaginar depois se não seria demasiado simples esta foto para exemplificar algo tão completo como esta "cumplicidade"! Então e onde estão as outras mãos? Entrelaçadas noutros dedos? E os pés? Enrolados noutros que não o objecto destes dois últimos? A boca? Aaaaahhh... Essa boca... Enrolada em mentiras que fazem por manter a mão direita escondida da esquerda e o pé esquerdo do direito. O sexo esse nem quero imaginar, porque esse é o desenvergonhado que se envolve depois de todas essas "cumplicidades". Essas mentiras que de maneira meiga se atropelam umas às outras para tentar explicar o que vai na cabeça de uma aranha, que com todas as suas patas tenta segurar os vários fios que a sustentam no dia a dia da sua triste existência. Um dia, daquela presa que ao longe é apenas um ponto que os seus oito olhos não distinguem, virá algo mais que não saberá suster no seu falso novelo de seda e um comboio atravessará os seus arames farpados para a deixar-se perceber da vergonha do seu sentido de viver... Aranha, tu és a marioneta! A tua mentira é a tua teia e essa tua teia fede de carcaças de mosquitos, melgas, moscas e outras que tais fragilidades que não te viram de frente. Essa cumplicidade será a tua própria armadilha onde solitáriamente definharás.

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