A única coisa que flui livremente é o meu espirito... O meu pensamento... Que ainda fervilha com a tarde de calor desértico em que vi o feitiço escrito no teu corpo ondular em minha direcção... Como uma serpente, as flores que te marcavam a pele pareciam hipnotizar-me chamando-me para fora da minha realidade, para um Universo onde o desejo e paixão eram possiveis pelo simples querer... Onde o magma atingia uma intensidade que derretia o planeta à nossa volta e perdidos, soltos no espaço entregávamos a carne um ao outro para se fundir numa nova estrela.
Esse é o fogo que guardo... Que acendeste... Aqui no meu gélido e solitário canto do oceano...
Perdido... Mas não morto...
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